domingo, 10 de junho de 2007

Darwin e a seleção natural

A idéia de que as espécies se modificam ao longo do tempo (evolucionismo) é anterior à Darwin.
Vários autores, entre eles Lamarck e o próprio avô de Darwin, Erasmus, já a haviam proposto antes.
No entanto, as suposições propostas por Darwin em "A Origem das Espécies" (1859) constituem um mecanismo plausível para explicar como a evolução ocorre: a seleção natural (perpetuação diferencial de genótipos).
Durante 20 anos Charles Darwin relutou em colocar no papel a idéia da seleção natural. Dogmas religiosos, a reprovação de membros de sua família, como sua esposa Emma e conflitos internos retardaram a publicação da obra, o que aconteceu apenas quando Alfred Wallace lhe mandou, em 1858, um manuscrito com idéias sobre quais seriam os princípios dessa teoria.
A percepção de Darwin e de Wallace estava no reconhecimento de que as variações de organismos de uma mesma espécie não eram meras imperfeições, mas, sim, o material a partir do qual a seleção poderia atuar.
Embora percebesse que, para a seleção natural funcionar, era preciso que as características fossem passadas de pai para filho, Darwin desconhecia os mecanismos (leis da hereditariedade) pelos quais isso acontecia.
Isso só foi solucionado anos após sua morte, com os estudos da genética, que culminaram com os conceitos de mutação e recombinação gênica, que são os responsáveis pela variabilidade entre os seres vivos.

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